domingo, 7 de novembro de 2010

Memórias do dia 26 de outubro de 2010


Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
Programa de Pós-graduação em Educação
Disciplina: 1º Seminário - Linha de Pesquisa II –
"Formação de professor, saberes docentes e mediações pedagógicas"


                                       
ANIVERSÁRIO DA PROFESSORA MARI!!!!!!

Memória da aula do dia 26/10/2010
Iniciamos nossa aula com a leitura da memória do encontro anterior realizada pela Tana e com a Prof. Mari socializando suas viagens ao Canadá e a Reunião Anual da ANPED – Caxambu. Nos relatou aprendizagens/curiosidades e também algumas questões sobre as diferenças culturais encontradas por ela.
Prof. Mari nos relatou sobre a sua visita ao Tardif quando da participação dela e demais professoras no LASA. Nos mostrou  o último livro do autor, ainda somente em francês. Este livro trata de uma questão bem atual na America do Norte: os técnicos nas escolas que executam tarefas desempenhadas hoje em dia somente pelos professores aqui no Brasil e demais problematizações em torno desta questão especialmente o papel secundário ocupado pelos professores e a reconfiguração do trabalho educativo no interior das escolas. Livro - A Divisão do trabalho Educativo:  uma perspectiva Norte-americana.
Franci nos trouxe suas reflexões sobre o Capitulo V do livro do Tardif.  Relatou que o capitulo é bem denso e que levanta várias questões importantes para serem problematizadas, especialmente sobre o conceito de saber. O que vem a ser saberes dos professores? Foi discutido que o saber é caracterizado pela racionalidade.
Paramos um pouco para saborear os docinhos e salgadinhos trazidos pela professora em comemoração ao seu aniversário.
Dentre os destaques Jones levantou a questão (que Tardif problematiza no seu livro) sobre professor e cientista. Falamos que ser professor hoje exige especificidades. Prof. Mari nos trouxe a reflexão de que profissionais de outras áreas que entram para docencia, muitas vezes precisam buscar desenvolver habilidades especificas para aula.
Jones levantou a questão: todos os professores deveriam ser pesquisadores? Prof. Mari levantou alguns elementos para discussão: o professor não precisa necessariamente ser pesquisador. Existem habilidades especificas para cada um. Pode o professor ter atitude investigativa, provocadora, promover reflexões com seus alunos para qualificar o processo educativo. Disse-nos também que se idealiza que os professores possam pesquisar, porém esta não é a única forma de ser bom professor. Acredita-se que se o professor tiver uma atitude investigativa qualifica a aprendizagem, porém isto não pode ser tomado como regra.
Jones nos trouxe um vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=GTd2rWdrSTY) para iniciar as discussões do capítulo VI. Relatou que procurou um vídeo que articulasse os termos chave que serão abordados pelo autor nesta parte do texto: saber, competências, habilidades. O vídeo, A Filosofia do Camelo, tem como reflexão principal: “Habilidades, conhecimento, capacidade e experiências só são úteis se você estiver no lugar certo”. Trazendo esta questão para docência e saberes destacamos que cada sala de aula é uma realidade diferente, são necessários saberes e habilidades específicas para cada realidade.
Prof. Mari e Jones destacam que  a partir deste capítulo o autor nos traz reflexões sobre a formação e sua relação com a prática profissional. A relação universidade e escola.
Surgiu a questão do professor como ator: Prof. Mari destaca que Tardif traz a reflexão do professor ator no sentido forte do termo, ator como protagonista, no sentido de autoria, e não ator que representa/encena. Professor, diz Tardif, “é um ator no sentido forte do termo, isto é, um sujeito que assume sua prática a partir dos significados que ele mesmo lhe dá, um sujeito que possui conhecimentos e um saber-fazer provenientes de sua própria atividade e a partir dos quais ele estrutura e a orienta” (Tardif, 2002, p. 230)
Jones nos trouxe outro vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=TTuhGN2s4c4&feature=related) para pensar a relação teoria-prática. Discutimos sobre o quanto é preciso pensar estas duas dimensões de forma relacionadas, como duas faces da mesma moeda. Tardif diz que “ o trabalho dos professores de profissão dever ser considerado como um espaço pratico específico de produção, de transformação e de mobilização de saberes e, portanto, de teorias, de conhecimentos e de saber fazer específicos ao oficio de professor” (p. 234) É preciso valorizar a teoria na prática, dar espaço no teórico para o saber prático, que não se dá, mesmo nas nossas aulas. A academia não reconhece os saberes da prática.
Finalizamos os trabalhos na página 236 do capítulo VI. Na próxima aula retomaremos as discussões deste capítulo e do capítulo VII.
Presentes no encontro: Prof. Mari, Tana, Marja, Jones e Franci.
Responsável pela construção desta memória: Marja

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