terça-feira, 23 de novembro de 2010

Memória do dia 16 de novembro de 2010


Memória da aula do dia 16/11/2010...  
O colega Jones formalizou o início do nosso encontro com a leitura da memória da aula anterior que ele havia realizado. Registramos a ausência da nossa colega Tana que está participando do lançamento do Projeto UCA – Um Computador por Aluno, objeto da sua investigação no mestrado.
Continuamos com as reflexões do Capítulo VII do livro do Tardif.  O autor, neste capítulo, nos traz resultados de pesquisas realizadas por ele e/ou em parceria com colegas. Um destes resultados é a idéia de que os saberes construídos pelos professores são temporais, ou seja, adquiridos através do tempo de vida e de carreira profissional. Tardif nos fala que os saberes são utilizados e se desenvolvem no âmbito da carreira, isto é, de um processo de vida profissional de longa duração do qual fazem parte dimensões identitárias e dimensões de socialização profissional, bem como fases e mudanças. p.262.
Prof. Mari destaca que os estudos que tratam da carreira docente mostram  a importância da primeira fase ((primeiros 5 anos), onde muitas vezes é definida a continuidade ou não na profissão e da última fase, onde pode haver um  desinvestimento na carreira quando o professor/a está nos seus últimos anos de atuação. Alerta, porém, que as “fases” da carreira, embora apresentem algumas características gerais, são vividas diferentemente pelos diferentes sujeitos. Nos conta sobre pesquisas da Prof. Silvia Isaias que nos alertam que os fatores externos influenciam nos movimentos dos profissionais com relação a sua carreira.
Falamos sobre a importância de se trabalhar com a individualidade dos alunos. Tardif nos traz esta questão na página 267 quando diz que o objeto do trabalho do docente são seres humanos e, por conseguinte, os saberes dos professores carregam as marcas do ser humano. Nos apresenta elementos para pensar  que a dinâmica da sala de aula exige sensibilidade do educador pois mesmo que trabalhe com o grande grupo é preciso atingir os indivíduos que os compõem, pois são os indivíduos que aprendem. (p. 267)
Discutimos sobre os desafios com que se depara o docente para conseguir olhar para cada aluno, suas necessidades e saberes. Geralmente nossas turmas são grandes, trabalhamos com a média – falamos para o todo. Para lidar com as individualidades é preciso conhecer cada um e valorizar seus conhecimentos, a realidade da maioria das salas de aula (na escola ou na universidade) não favorece esta habilidade.
A colega Franci inicia as discussões sobre o capítulo VIII com a leitura de uma noticia retirada do Yahoo Notícias que relata um protesto estudantil pela qualidade do ensino. Destacamos a importância destes movimentos, mas principalmente que, muitas vezes, estas manifestações são utilizadas com objetivos não explícitos e o grupo como massa de manobra de interesses maiores, que nem sempre são aqueles anunciados no protesto/manifestação.
Discutimos sobre os diferentes saberes e saberes específicos para cada atividade. Prof. Mari nos fala sobre uma palestra do Prof. Novoa que defende  iniciativas de faculdades de educação que indicam/inserem os melhores alunos para serem professores dos primeiros anos do Ensino Fundamental, partindo do principio de que aqueles que foram melhores alunos seriam melhores professores.
Prof. Mari nos auxilia a refletir que precisamos ter cuidado com estas “regras” para definir bons professores pois estas relações não podem ser vistas de forma tão linear. Bons alunos não podem ser considerados bons professores a priori. Existem saberes específicos e necessários para as diferentes atividades.
Falamos sobre os conceitos transmissão de conhecimento (utilizado por Tardif) e Diálogo (por Paulo Freire). Prof. Mari nos diz que este conceito é utilizado por Tardif sem constrangimentos, não problematizando o conceito, porém não é pensado de forma reprodutivista e não se distancia da idéia de Diálogo utilizada por Freire.
Realizamos algumas combinações e encaminhamentos para as próximas aulas:
- dia 23/11 concluiremos as discussões do Capítulo VIII encerrando a leitura do livro do Tardif e discutiremos o filme Stella com as contribuições do texto de Antonio F. Barbosa Moreira deixado pela professora no xerox;
- dia 30/11 – último encontro do grupo traremos reflexões escritas (em forma de texto) e faremos o fechamento da disciplina.
Nossa aula foi como sempre recheada de exemplos e situações trazidas pelo grupo e principalmente pela professora. Histórias e comentários que nos auxiliam muito a compreender os temas estudados e situá-los em um contexto mais amplo de desafios da escola/universidade nos dias atuais.

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