segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Memória do dia 24-08-2010

Participantes:
•    Profª Drª. Mari Margarete Forster;

•    Mestranda Franciele Zarpelon Corrêa
•    Mestrando Jones Quadros da Silva
•    Mestranda Marja Leão Braccini
•    Mestranda Tana Cassia Malacarne Martins


Memórias de um seminário:
São Leopoldo, 24 de Agosto de 2010

Em uma manhã de inverno, nem tão fria assim, iniciou nossa segunda aula. Segundo ori-entação de nossa professora, o colega Jones iniciou a aula com a leitura das memórias refe-rentes à aula anterior.
Duas propostas de leitura para as próximas aulas foi o passo seguinte deste encontro proposta pela profª Mari, as quais foram:
GERALDI, C. M. G.; FIORENTINI, D.; PEREIRA, E. M. A. Cartografia do Trabalho Do-cente. Campinas: Mercado de Letras, 1998.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
Como a turma optou pelo livro Saberes docentes e formação profissional de Tardif, fica-mos incumbidos de realizar a leitura da introdução do livro, bem como do primeiro capítulo do mesmo. Ficando a profª Mari como a responsável pelas provocações desta primeira parte do livro. Tendo em vista que foi constatado que o livro encontra-se com sua edição esgotada, o material para a leitura foi disponibilizado na pasta 367 do xerox do centro 1.
Acertos iniciais concluídos e o chimarrão e as rapaduras correndo soltos, iniciamos os trabalhos pertinentes a este encontro com a colega Marja iniciando com a leitura do resumo do texto CHARLOT, Bernard. O professor na sociedade contemporânea: um trabalhador da contradição. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 17, n. 30, p.17-31, jul./dez. 2008.
Dentro da própria introdução, pode-se dizer que o intuito deste artigo é “confrontar as injunções da sociedade contemporânea com o que está vivendo o professor “normal”, isto é, a professora que atua a cada dia numa dessas salas de aula que constituem a realidade educacional brasileira.” (p.18)
A profª Mari relatou sobre uma disciplina que ministrada na graduação desta universidade, onde abriu a seguinte questão aos alunos: A escola tem futuro ou não? No decorrer das discusões na referida aula, ela falou em Marisa Costa que defende que a escola é viva e vai viver para sempre e junto a esta colocação citou o livro  A escola tem futuro? da mesma autora (Costa, Marisa V. – A escola tem futuro? D P&A Editora, 2003.)
Foi falado também sobre a história infantil Quando a escola é de vidro de Ruth Rocha, que fala sobre a passagem da pedagogia tradicional para pedagogia renovada e encontra-se disponível em http://www.youtube.com/watch?v=mkCFW7Ua-So (26/08/2010 – 10h).
Em viagem a Portugal, a profª Mari visitou a conhecida Escola da Ponte e nos contou um pouco de sua experiência. Segundo ela, quem conduziu um passeio pela escola, foi um menino de aproximadamente 7 anos de idade que dizia conhecer o Brasil, mas desconhecer onde ficava o Rio Grande do Sul (RS), e pediu a professora que mostrasse em um mapa mundi onde fica, dizendo na sequencia que acreditava que ali, já pertencia a Argentina.
O colega Jones trouxe uma parte do texto de Charlot que lhe chamou a atenção:
O professor está sempre errado.
* é jovem: não tem experiência
* é velho: está superado
* chama atenção: é grosso
* não chama atenção: não tem moral
* usa a língua portuguesa corretamente: ninguém entende
* fala a linguagem do aluno: não tem vocabulário
* tem carro: chora de barriga cheia
* anda de ônibus: é coitado
* o aluno é aprovado: deu mole
* o aluno é reprovado: perseguição.
Como implementar uma aventura intelectual nas escolas, marcadas por transformações sociais? (p.22)

Antes da parada para um lanchinho, a colega Franciele trouxe para a discussão os estudos referentes a um novo campo de inter-relação entre educação e comunicação, chamado Educomunicação.
Partindo dessa premissa, enquanto principiante nos estudos da Educomunicação, destaca-se na América Latina Mario Kaplún. Este deixa um legado de referência para a leitura crítica da mídia, onde algumas de suas experiências ganham relevo na área educativa e de comunicação popular, como: o     cassete-fórum dinamizado pela comunicação grupal; a implantação do curso de leitura crítica, enquanto método de formação do receptor no CESAP – Centro al Servicio de la Acción Popular, também realiza a pedido da UNESCO, estudo das distintas tendências e estraté-gias de comunicação na educação de adultos latino-americanos; entre outros. 
No cenário que contempla a educomunicação enquanto gestão da comunicação na educa-ção, destaca-se no Brasil o professor e pesquisador Ismar de Oliveira Soares, com o projeto Edu-com.rádio que consiste na educomunicação pelas ondas do rádio. O programa é desenvolvido através da parceria entre a ECA/ USP  e o Projeto Vida, da Secretaria da Educação do Município de São Paulo. Contempla o desenvolvimento de workshops para professores e oficinas para os alunos (as) participantes do projeto que abrange mais de 400 escolas da rede municipal de ensino de São Paulo. 
Em retomada ao texto do Charlot, destacamos nas páginas 22 e 23 o que segundo Peter Woods são “estratégias de sobrevivência”, colocando como o primeiro objetivo do professor sendo sobreviver, profissional e psicologicamente.
Na sequência Charlot trabalha a “culpa” de forma a dizer: Quando o aluno não consegue aprender, sempre chega um momento em que é difícil não levantar a questão de saber de quem é a culpa. (p. 23)
As professoras brasileiras, como a maioria dos docentes, no mundo inteiro, são basicamente tradicionais. Entretanto, essas professoras tradicionais sentem-se obrigadas a dizer que são construtivistas! (p.24) Tradicional ou construtivista? Esse é o assunto abordado por Charlot na sequência do texto. Finalizando a aula a cerca desta discussão a profª Mari apresenta a seguinte reflexão: A autorizade, pode conviver com a liberdade...
Como anteriormente havia citado, enquanto estudo para casa ficou a introdução e o capítulo 1 (caso fosse possível) do livro: TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissio-nal. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. A profª Mari comprometeu-se em trazer algumas provocações referentes a esta leitura e alguma guloseima para saborearmos juntamente a nossa roda de discussões da próxima aula. Nosso colega Jones, ficou como o responsável por manter a tradi-ção do sul: o chimarrão.


Bernard Charlot

Possui doutorado em Educação ("doctorat d'État", equivalente a Livre-docência) - Université de Paris X, Nanterre (1985). Atualmente é Professor visitante da Universidade Federal de Sergipe e Professor Emérito da Universidade Paris 8. Professor Afiliado da Universidade do Porto, Portugal. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, ensino, políticas educati-vas, escola e relação com o saber. (Fonte: http://lattes.cnpq.br/4687158600283895 - 22/08/2010)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Inicio das Aulas - 17-08-2010

Memória da aula do dia 17/08/2010

Participantes da aula: Professora Mari Forster, Franciele, Jones, Marja e Tana.
No dia dezesete de agosto de 2010, num dia de inverno não muito frio, reunimo-nos Jones, Tana, Marja, Franciele e Mari para iniciarmos o primeiro Seminário da Linha de Pesquisa 2. Este primeiro encontro teve como objetivo a definição da temática central que será objeto de estudo do grupo. Inicialmente cada mestrando apresentou sua intenção de pesquisa: Marja disse que seu interesse refere-se a análise dos saberes adquiridos/construídos pelos bolsistas de iniciação cientifica e as  repercussões dos mesmos na constituição da docência; Tana pretende examinar como as tecnologias podem auxiliar a qualificar o ensino de ciências; Jones, por sua vez, vem organizando seu trabalho na perspectiva de analisar as interações vividas entre alunos e entre esses e seu professores, intermediados pelos mundos presencial e virtual; Franciele, aluna do mestrado em Comunicação, estuda a presença do radio no ambiente escolar e os saberes por ele mediado.
Após a introdução feita pela professora Mari, e passado as informações sobre as datas dos nossos próximos encontros neste semestre, optou-se por dar ênfase durante o semestre letivo ao saberes docentes/discentes adquiridos/construídos em diferentes espaços educativos. Definiu-se pela leitura de Tardif, “Saberes Docentes e formação profissional”, complementado por outros textos, sobre a temática, de outros autores, a serem definidos posteriormente.
Durante as nossas conversas foi sugerido pela professora Mari de fazermos uma ata dos nossos encontros, porém esta ata não teria o formalismo que se exige de uma ata de reunião, e sim um breve relato do momento. Este documento se chamará “memória” e será relatado sempre por algum dos alunos pertencentes a este grupo. A idéia foi aceita por todos do grupo que concordaram em fazermos deste momento um aprendizado para todos e uma chance de exercitarmos a nossa escrita e também uma forma de deixarmos registrado os nossos estudos dentro da disciplina de seminários da Linha de Pesquisa II do Mestrado em Educação.
Como o nosso grupo é pequeno, 5 pessoas apenas, foi sugerido que sempre alguém traga umas bolachas ou um chimarrão para irmos saboreando durante o nosso encontro. Para o próximo encontro a Marja ficou de levar os comes e o Jones o Chimarrão.
A professora Mari trouxe relatos sobre a sua experiência em Portugal com trabalhos entre Universidades e escolas. Informou quem em Portugal há poucas experiências neste nível, e que não há grupos de pesquisa como temos aqui no Brasil.
Depois de um breve café no bar Happy Station voltamos para a sala de aula, porém com o frio que estava dentro da sala de aula resolvemos todos continuar as discussões fora da sala de aula para saborear um pouco do sol.
Na segunda etapa da aula o grupo discutiu um pequeno texto, escrito por Manuel Matos, intitulado “A palavra como maiêutica”, onde o autor discute a formação na perspectiva do desempenho e/ou do empenho, instigando todos a olharem seu processo formativo e a refletirem sobre os diferentes significados da formação. Conclui-se que as concepções defendidas por nós precisam estar clara e coerentemente postas e que as mesmas refletem-se sobre nossas ações.
No final a professora Mari pediu para que cada um fizesse um pequeno relato sobre a trajetória de cada um até chegar ao mestrado.
Ficou de “tema de casa” a leitura do texto do Bernard Charlot, o professor na sociedade contemporânea: um trabalhador da contradição.

I Seminário da Linha de Pesquisa 2 do Mestrado em Educação Turma 2010-2

Este blog tem como objetivo divulgar todos os estudos realizados durante o I Seminário da linha de pesquisa 2 do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos, turma 2010-2. No decorrer das atividas feitas em sala de aula iremos publicar neste local.