terça-feira, 26 de outubro de 2010

Memórias do dia 14 de setembro de 2010


Participantes:
Profª Drª. Mari Margarete Forster;

Mestranda Franciele Zarpelon Corrêa
Mestrando Jones Quadros da Silva
Mestranda Marja Leão Braccini
Mestranda Tana Cassia Malacarne Martins


Memórias de um seminário:
São Leopoldo, 14 de Setembro de 2010

No dia 14 de setembro de 2010 iniciamos mais um encontro do seminário Seminário da Linha de Pesquisa II – Formação de Professores, Saberes Docentes e Mediações Pedagógicas. Neste encontro quem ficou de responsável pelas memórias foi o Jones.
No inicio das atividades a professora Mari leu a memória do nosso encontro do dia 31 de agosto.
A Tana trouxe para discussão a idéia do Jones para colocarmos o material estudado e registrado em aula em um blog, no primeiro momento seriam colocadas todas as memórias feitas a cada aula, e com o decorrer dos encontros colocaríamos outros materiais de pesquisa vistos nos encontros. O grupo reagiu de forma positiva, e a idéia foi aceita por todos do grupo, ficou também acertado que todos iriam ajudar nas postagens dos materiais. 

A Tana trouxe também como sugestão para o decorrer do semestre a leitura do livro Saber, Ciência, Ação dos autores André Morin, Gilles Gadoua e Gérard Potvin.
Na continuidade do encontro a professora Mari trouxe o encerramento das discussões do capítulo 1 (Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente) do livro Sabres Docentes & Formação Profissional. A professora Mari apresentou um trecho do capítulo 1 para iniciarmos as discussões e questionamentos sobre os saberes: “Um professor é, antes de tudo, alguém que sabe alguma coisa e cuja função consiste em transmitir esse saber a outros” (TARDIF, 2002, p. 31).
Com estas discussões vieram alguns questionamentos que estão no material que a professora Mari entregou no início deste encontro. Outros questionamentos que vieram nas discussões foram se os professores são apenas “transmissores” de saberes produzidos?  O professor em sala de aula se sente criador de novos saberes ou apenas “transmissores” de saberes já prontos? Qual a valorização deste professor?
Nestas discussões foi trazido pelo grupo quanto estas produções dos saberes pelos professores, faz com que o professor tenha um reconhecimento, uma valorização e um crescimento profissional. A professora Mari e a Marja trouxeram exemplos vividos sobre estas experiências de professores que estão nas escolas na construção dos saberes juntamente com seus alunos.
Outros assuntos discutidos foram dos saberes disciplinares, curriculares, profissionais e experienciais, que é tratado nas páginas 36 a 39 do livro. Os saberes experienciais são os vividos pelos professores em sala de aula, é a prática em sala de aula. Os saberes profissionais são os transmitidos pelas instituições de formação, que são os saberes para serem utilizados na profissão. Os saberes disciplinares são os produzidos pelas ciências da educação e dos saberes pedagógicos. Os saberes curriculares são os que estão no currículo, nos programas escolares (objetivo, conteúdos, métodos) que os professores devem aprender a aplicar.
Para finalizar o capítulo 1 o autor deixa uma provocação quanto aos saberes: “Diante dessa situação, os saberes experienciais surgem como núcleo vital do saber docente, núcleo a partir do qual os professores tentam transformar suas relações de exterioridade com os saberes em relações de interioridade com sua própria prática. Neste sentido, os saberes experienciais não são saberes como os demais; são, ao contrário, formados de todos os demais, mas retraduzidos, “polidos” e submetidos às certezas construídas na prática e na experiência. Entretanto, para concluir, caberia perguntar se o corpo docente não lucraria em liberar os seus saberes da prática cotidiana e da experiência vivida, de modo a levá-los a serem reconhecidos, por outros grupos produtores de saberes e impor-se, desse modo, enquanto grupo produtor de um saber oriundo de sua prática e sobre o qual poderia reivindicar um controle socialmente legítimo. (TARDIF, 2002, p. 54).
Depois de um breve intervalo iniciamos as discussões do segundo capítulo do livro do Tardif, apresentado pela Marja.
A professora Mari leu o seguinte trecho do livro: “Em termos sociológicos, pode-se dizer que o trabalho modifica a identidade do trabalhador, pois trabalhar não é somente fazer alguma coisa, mas fazer alguma coisa de si mesmo, consigo mesmo.” (TARDIF, 2002, p. 56).
Durante as discussões dos saberes da academia e os saberes produzidos pelos professores em sala de aula veio a frase do autor Clemon Gauthier “Os professores vêem a academia com os saberes e sem o oficio e a academia vê os professores com oficio e sem os saberes.”
Na página 63 do livro é apresentado o quadro “os saberes dos professores”, onde há os saberes dos professores, com as fontes sociais de aquisição e os modos de integração no trabalho docente.
Outro assunto discutido pelo grupo foi o conceito de sincretismo, que foi colocado pela professora Mari como uma visão do todo indiferenciada e a síntese é a visão do todo diferenciada. Nas páginas 64 a 66 do livro o autor traz este conceito também.
Para o próximo encontro ficou combinado da Marja encerrar as discussões sobre o capítulo 2 do livro e a Tana iniciar as discussões do capítulo 3 do mesmo livro.

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